OAB atuou nos dois turnos das eleições como entidade
fiscalizadora e não viu indícios de suspeita de irregularidade no processo
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Nacional, Beto Simonetti, se reuniu na noite desta terça-feira (8/11) com o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes para
entregar o relatório final da organização sobre as Eleições Gerais de 2022. O
encontro acontece um dia antes da divulgação do documento das Forças Armadas
sobre o mesmo tema.
“Concluímos que não houve qualquer fato que aponte suspeita
de irregularidades no processo de votação. Evidenciou-se, ao contrário, a
postura transparente da Justiça Eleitoral na preservação da lisura e da
segurança no processo”, destaca o ofício.
A OAB participou do pleito como entidade fiscalizadora nos
dois turnos e acompanhou a totalização dos votos no Centro de Divulgação das
Eleições do TSE, em Brasília. No relatório, Simonetti relembra também a
participação em iniciativas para o aprimoramento do sistema eleitoral
brasileiro, como os Testes Públicos de Segurança, o Programa Permanente de
Enfrentamento à Desinformação, a Comissão de Transparência das Eleições (CTE),
entre outros.
“Atestamos a confiabilidade e a integridade das urnas
eletrônicas. A efetividade e o respeito à soberania do voto popular foram
alcançados com maestria. Desse modo, este Conselho Federal da OAB reafirma,
seguramente, que o Brasil presenciou eleições limpas, transparentes e seguras”,
assegura o relatório
Defesa
O Ministério da Defesa informou, no fim da tarde de
segunda-feira (7/11), que encaminhará na quarta-feira ao TSE o “relatório do
trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação”. Não há nenhuma
indicação até agora, porém, de que os militares tenham encontrado algum
problema com as urnas eletrônicas.
Convidados a participar da Comissão de Transparência criada
pelo TSE para acompanhar as eleições deste ano, os militares — pressionados
pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) nas eleições — anunciaram, antes da votação, que fariam uma espécie de
fiscalização independente das urnas eletrônicas.
O ministro Alexandre de Moraes chegou a determinar que a
Defesa entregasse o resultado da fiscalização após a votação em primeiro turno,
em 2 de outubro, mas os militares prometeram fazer isso até 30 dias após o
segundo turno, realizado no último 30 de outubro.