Ministério da Defesa informou que fiscalização feita pelos
militares será entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
O Ministério da Defesa informou, no fim da tarde desta
segunda-feira (7/11), que encaminhará na quarta-feira (9/11) ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) o “relatório do trabalho de fiscalização do sistema
eletrônico de votação”.
Convidados a participar da Comissão de Transparência criada
pelo TSE para acompanhar as eleições deste ano, os militares — pressionados
pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) nas eleições — anunciaram, antes da votação, que fariam uma espécie de
fiscalização independente das urnas eletrônicas.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, chegou a
determinar que a Defesa entregasse o resultado da fiscalização após a votação
em primeiro turno, em 2 de outubro, mas os militares prometeram fazer isso até
30 dias após o segundo turno, realizado no último 30 de outubro.
“Ao término do processo será elaborado um relatório
contemplando toda a extensão da atuação das Forças Armadas como entidades
fiscalizadoras, com os documentos atinentes às atividades em comento. Tal
relatório será encaminhado ao TSE em até 30 dias após o encerramento da etapa 8
do Plano de Trabalho”, informou o Ministério da Defesa, em nota técnica enviada
a Moraes em 19 de outubro.
Apoiadores de Bolsonaro insatisfeitos com o resultado da
eleição têm pressionado as Forças Armadas na última semana para interferir no
processo eleitoral. Não há nenhuma indicação até agora, porém, de que os
militares tenham encontrado algum problema com as urnas eletrônicas.