Apoiadores do
presidente Jair Bolsonaro (PL) convocam eleitores para protestos, fecham BRs e
afirmam que só vão “liberar” quando Forças Armadas “tomarem
conta”
(crédito: Reprodução/Twitter @@CesarLimzz)
Após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições,
neste domingo (30/10), caminhoneiros apoiadores do presidente fecharam trechos
de estradas no Mato Grosso. Outras lideranças da categoria se organizam para
bloquear BRs em Minas Gerais, Bahia, Goiás e no Sul do país.
Os apoiadores do presidente derrotado nas urnas alegam não aceitar a
vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito com 50,90% dos
votos válidos, e pedem por uma intervenção militar. “72 horas para o exército
tomar conta […] Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e só
saímos da rua quando o Exército intervir. É o nosso futuro que está em jogo”,
afirmou um dos integrantes do movimento em vídeo publicado na internet.
Alguns caminhoneiros estão usando os próprios caminhões para bloquear as
vias, outros estão queimando pneus. Os protestos são acompanhados do hino
nacional, como trilha sonora, e manifestantes vestidos com a camisa do Brasil e
a bandeira do país amarrada ao corpo. Eles também reivindicam o artigo 142 da
Constituição Federal, que estabelece que as Forças Armadas “destinam-se à
defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de
qualquer destes, da lei e da ordem”.
De acordo com os caminhoneiros, eles “só voltarão para casa quando o
exército tomar o Brasil”. Alguns integrantes da categoria estão usando as redes
sociais para convocar eleitores de Bolsonaro para os protestos e, segundo
alguns manifestantes no Twitter, representantes do agronegócio também estão
aderindo à paralisação. “Ou lutamos agora ou perderemos o Brasil para o resto
da vida”, disse um bolsonarista em vídeo.