Informação foi confirmada pela
assessoria da cantora. Foram 57 anos de carreira e clássicos da MPB como
‘Baby’, ‘Meu nome é Gal’, ‘Chuva de Prata’, ‘Meu bem, meu mal’ e ‘Barato
total’.
Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, morreu aos 77 anos, em
São Paulo, nesta quarta-feira (9). A informação foi confirmada pela assessoria
da cantora. Ela havia dado uma pausa em shows, após passar por uma cirurgia
para retirar um nódulo na fossa nasal direita.
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em
Salvador e como “Baby”, “Meu nome é Gal”, “Chuva de
Prata”, “Meu bem, meu mal”, “Pérola Negra” e
“Barato total”. Veja discografia completa.
Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou
músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça
quando lançou “Eu vim da Bahia”, samba de Gil sobre a origem da
cantora e do compositor.
Gal deixa filho único; gosto musical de Gabriel, de 17 anos, inspirou
último álbum da cantora
Três anos depois, veio outro clássico: “Baby”, de Caetano
Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a
projetou no álbum-manifesto da Tropicália. “Divino maravilhoso” (de
Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.
Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao
suingue de Jorge Ben Jor com “Que pena (Ela já não gosta mais de
mim)” e foi pelo rock com “Cinema Olympia”, mais uma de Caetano.
“Meu nome é Gal”, de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de
apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.
Ao gravar “Pérola negra”, em 1971, ajudou a revelar o então
jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou “Vapor
barato”, mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.
Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo
no repertório versos de outros compositores como Cazuza (“Brasil”,
1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas (“Um dia de domingo”, de
1985); e Marília Mendonça (“Cuidando de longe”, 2018).
Caetano e Gil lamentam a morte de Gal Costa
Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio
e ao vivo. “Fa-tal”, “Índia” e “Profana” foram
três dos principais.