Indicação teve
apoio de parlamentares petistas de Sergipe
Terra Brasil
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Reprodução/Redes Sociais
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva escolheu Rose Rodrigues, militante do MST, para
comandar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O
movimento que ela integra promove a invasão de propriedades privadas no campo
brasileiro.
Além disso, Rose
foi secretária da Agricultura de Sergipe e participou de outros movimentos de
esquerda ligados aos conflitos por terras no país. Ela é formada em Direito e
assistente social. De acordo com a revista Carta Capital, Lula e a militante do
MST se encontraram na quarta-feira 15, em Sergipe para conversar sobre o cargo.
A escolha contou
com o aval de dois parlamentares do PT sergipano: o deputado federal João
Daniel, um dos líderes do MST em Sergipe, e do senador Rogério Carvalho. O
Incra faz parte do Ministério do Desenvolvimento Agrário, pasta sob o comando
do petista Paulo Teixeira.
O ministro
escolhido por Lula também é ligado ao MST. Teixeira já se mostrou crítico aos
avanços conquistados na distribuição de terras no Brasil durante o governo Jair
Bolsonaro.
Sob a gestão
Bolsonaro, o governo federal bateu recorde de entrega de documentos para
regularização de terras. Ao longo de quatro anos, foram cerca de 400 mil
títulos, ou seja, média de 100 mil por ano — a maior da história.
Teixeira,
entretanto, não reconheceu o avanço. Ele chamou os documentos de “papel de
pão”, em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Geraldo Melo
Filho, que presidiu o Incra durante a gestão de Bolsonaro, discorda do
ministro. Ele explicou que os documentos emitidos entre 2019 e 2022 são da
mesma natureza que os emitidos por outros governos. “Títulos de domínio e
contratos de concessão de uso de terras têm valor jurídico”, comentou, em
entrevista concedida a Oeste.