Parlamentares do PT também esperam se encontrar com os
deputados da federação do PCdoB e PV para discutir possível apoio a Arthur Lira
Os deputados de oposição do PT e PDT reúnem suas bancadas
nesta terça-feira (22/11) para discutir possível apoio formal à reeleição de
Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Câmara dos Deputados. Os parlamentares do
PT também esperam se encontrar com os deputados da federação do PCdoB e PV a
fim de promover o debate.
Antes, o partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva já havia sinalizado que não entraria na disputa pelo comando de nenhuma
das casas do Legislativo. A eleição interna para as mesas da Câmara e do Senado
Federal ocorrerá em fevereiro.
“O presidente Lula já
pediu para que o Partido dos Trabalhadores discuta uma posição de não
apresentar candidaturas às presidências da Câmara e do Senado. Isso é uma
medida que pode parecer simplória, mas não é. Ela facilita, ajuda no diálogo”,
disse o senador eleito Wellington Dias, em entrevista ao programa Roda Viva, da
TV Cultura.
O ex-governador do Piauí é um dos principais articuladores
políticos de Lula.
Aliados do partido ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a
disponibilidade colocada à mesa por Arthur Lira faz com que os partidos de
diferentes ideologias consigam “diálogar bem e superar as adversidades”.
Conforme noticiado pela coluna de Guilherme Amado, nos
últimos dias, aliados do deputado fizeram chegar ao PT que o alagoano nunca viu
Lula como inimigo, mas apenas como adversário na corrida eleitoral deste ano. E
que, na Presidência da Câmara, não criará obstáculos para pautar matérias
consideradas importantes pelo futuro governo.
Enquanto isso, o PDT, de Carlos Luppi, ouvirá seus
partidários nas próximas duas semanas. De acordo com parlamentares próximos ao
presidente nacional pedetista, há consenso sobre o nome de Lira na recondução à
Câmara dos Deputados.
Mais cedo, o Republicanos, partido aliado de Jair Bolsonaro
(PL), informou que não fará oposição ao governo Lula e que também apoiará a
reeleição de Lira.
A manifestação de apoio ao atual presidente da Câmara ocorre
em meio às negociações pela aprovação da PEC da Transição, uma das prioridades
do próximo governo para conseguir manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e garantir
aumento real de salário mínimo. Ambas as propostas foram prometidas por Lula
durante a campanha.