Ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga falou sobre queda na taxa de vacinação contra
poliomielite e reforçou importância da imunização
Em pronunciamento exibido neste domingo (6/11), o ministro
da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo para que a população se vacine contra
a poliomielite, doença erradicada no Brasil há 32 anos, mas com coberturas
vacinais em queda desde 2015.
“A taxa de vacinação ainda está inferior a 70%. A meta é
imunizar 95% das crianças abaixo de 5 anos. As vacinas continuam disponíveis
nos postos de vacinação. É possível, sim, atingir a meta. Para tanto, é
necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil”, disse
Queiroga.
Na terça-feira (1º/11), foi lançado o Plano Nacional de
Resposta a um Evento de Detecção de Poliovírus no Brasil, na data que se
comemora o Dia Mundial de Luta pela Erradicação da doença. Em 17 e 18 de
novembro, o ministério promoverá uma discussão do plano com os gestores
estaduais. No início de 2023, a pasta pretende capacitar profissionais para
situações de emergência de poliovírus no Brasil e no contexto da erradicação.
“Não podemos negar esse direito ao futuro do Brasil. Não
podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram
de doenças para as quais já existem vacina há tanto tempo. O nosso SUS,
patrimônio de todos os brasileiros, está preparado para essa luta, que é de
todos nós. Juntos podemos, sim, proteger as nossas crianças.”
Queda na cobertura
Durante o evento, a representante da Organização Pan-Americana
de Saúde (Opas), Socorro Gross, ressaltou a iminência do retorno da
poliomielite ao
“Temos uma ameaça real. Na nossa região, temos só 14 países
que têm baixo risco de introdução, os outros têm alto risco pela baixa
cobertura de vacinação. Os movimentos de comércio, turismo e fronteiras fazem
com que o país seja mais vulnerável”, explicou.
A cobertura está em baixa em todos os níveis de vacinação
contra a poliomielite. O índice ficou abaixo dos 70% em todos os níveis no ano
de 2021. A aplicação em crianças de 4 anos de idade ficou em 54,31%. A meta do
governo é 90%.