O contrato entre
o banco alemão KfW e o BNDES tem como objetivo garantir a retomada do programa
paralisado por Bolsonaro
A Alemanha anunciou a retomada dos investimentos para o
Fundo Amazônia, com a destinação de 35 milhões de euros, cerca de R$ 200
milhões, após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe
do Executivo alemão, Franl-Walter Syeinmeier, participou da cerimônia de posse
do petista realizada nesse domingo (1º/1) e reforçou os laços com o Brasil.
O financiamento acontece após um acordo firmado entre o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o banco alemão
KfW, em 23 de dezembro, para destinação da quantia para a agenda climática
brasileira e o combate ao desmatamento. Entretanto, o anúncio da doação
aconteceu apenas no início de janeiro, após a posse do presidente Lula.
“A nova captação realizada junto ao KfW para o Fundo
Amazônia é um importante passo preparatório para a retomada da sua governança
e, por conseguinte, a capacidade de seleção e aprovação de novos projetos
socioambientais”, declarou o diretor de crédito produtivo e socioambiental do
BNDES, Bruno Aranha.
A Alemanha é a segunda maior doadora de recursos do Fundo
Amazônia, com a destinação anterior de aproximadamente 54,9 milhões de euros.
Fundo Amazônia
Criado em 2008, durante o segundo mandato de Lula, o
Fundo Amazônia tem como objetivo investir na redução do desmatamento e na
fiscalização do bioma. Contudo, sua atividade está suspensa desde abril de
2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encerrou os trabalhos de
grupos base do fundo.
Entre os primeiros decretos assinados pelo petista no
último domingo está o restabelecimento do Fundo Amazônia.