Se depender do empresariado e agentes do mercado, os próximos meses não devem ser fáceis para o ministro Fernando Haddad.
Segundo informações do Lauro Jardim, colunista d’O Globo, o grupo está se movimentando contra as propostas de taxação dos fundos offshore, dos fundos exclusivos de investimentos e da distribuição de lucros e dividendos.
Na semana passada, o ministro da Fazenda começou os debates sobre a reforma do Imposto de Renda e afirmou que pretende encaminhar uma proposta para tributar os fundos exclusivos, também chamados de “super-ricos”, no Orçamento de 2024.
A ideia em avaliação no governo prevê que a cobrança de Imposto de Renda sobre esses fundos passe a ser periódica, por meio do chamado come-cotas.
No entanto, Haddad parece já estar preparado. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele disse que a segunda etapa da reforma tributáriairá enfrentar resistência de setores que, hoje, o apoiam.
“Como um país com tanta desigualdade isenta de imposto de renda o 1% mais rico da população?”, questionou.
Haddad esclareceu que, diante do desafio de zerar o déficit público em 2024, o governo vai agir em prol de “corrigir distorções absurdas do sistema tributário” para cumprir a meta.
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Agenda: Relatório Focus será publicado amanhã devido ao jogo de estreia da Seleção Brasileira de futebol na Copa do Mundo Feminina.
(Imagem: Flickr/ Ministério da Fazenda/ Diogo Zacarias)